14/12/2005

TRADUZINDO O ECONOMEZ

   

Balanço de 2005

 É chegada a hora de mais um balanço comparativo do desempenho da economia em relação ao ano passado.

A agricultura vai contabilizar 30% a menos de produção de grãos neste ano; os juros vão ficar em 18%; a indústria não vai apresentar crescimento (ou 2004 foi muito bom, ou 2005 muito ruim); o   Governo do Estado não encaminhou seu problema de caixa (não falamos em resolver); O INSS e o IPE continuam sem perspectiva e os fundos de previdência não acenam segurança;

Nos aspectos sociais a segurança continua piorando; a conservação das estradas em declínio; os pedágios em alta; e os tributos em geral não diminuíram.

Neste final de ano não de vê espírito de Natal, com economia de luz e de lâmpada. Dá a impressão que nada vai se renovar, nem a esperança.

Na economia algumas coisas aconteceram de positivo, que foram as exportações – muitas delas só até o mês de julho, mas o saldo final será muito positivo. A auto-suficiência da produção do petróleo também é um fato positivo, mas a criatividade do brasileiro dos carros flex mostrou ao mundo o jeito brasileiro de ser criativo.

Parece que pouco está bem e realizado o balanço, até poderíamos pensar em riscar este ano da história.

Mas paralelo a isto, muita coisa está acontecendo e só vamos ter notícias mais adiante, que é o avanço tecnológico, principalmente na medicina. Estamos usufruindo tecnologias onde esquecemos  que há cem anos atrás, a média de vida era menos de cinqüenta anos e que para os que têm trinta anos, já está projetada para mais de 80 anos.

O que mudará economicamente nosso futuro vai depender muito de nós. Os estados vão continuar lutando para que, a cada administrador tente mostrar que faz mais ou melhor que o outro, independente do comprometimento do futuro do próprio estado. É uma verdadeira disputa de beleza cujos planos não passam da ponta do nariz.

A nossa parte deverá ser mais pragmática, mais poupadora, mais previdente, menos gastos, maior racionalização na utilização dos recursos, menos ostentação, ser mais do que ter. A mídia terá que ser tratada com mais realismo. Devemos aumentar nosso grau de cultura e com ele, aumentar a leitura. Ter dinheiro no risco não significa mais garantia. Ser empresário para muitos é um grande jogo.

O exercício de fazer planos e ser previdente será a maior educação.

 

Enio Gehlen – Economista e Contador
GEHLEN CONSULTORES
http://www.gehlenconsultores.com.br

 

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